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Aspectos relevantes do crescimento econômico versus questão ambiental

A exploração inadequada da natureza provocou discussões, a partir dos anos de 1970, sobre o modo dos países se desenvolverem economicamente, já que os antigos padrões de desenvolvimento ameaçavam a humanidade numa complexa crise, que incorporou, além da dimensão econômica e social, a dimensão ambiental.


Segundo Hobsbawn (1995), a crise ecológica foi interpretada, num primeiro momento, como o fim da espécie humana, daí o discurso proliferar-se para estimular uma nova forma de desenvolvimento que visassem as futuras gerações. Eis o grande desafio, visto que as grandes potências não cedem o seu lugar de avultados lucros e de detenção de poder no que se refere à tecnologia.


Mas tanto a população como a economia dependem dos constantes fluxos do ar, água, alimentos, matérias-primas e combustíveis fósseis da terra. O crescente crescimento populacional leva ao elevado consumo material, o que altera a economia mas, em contrapartida, ameaça o meio ambiente.


Com isso, percebe-se que, além das disparidades existentes no interior das nações, ainda persistem as problemáticas entre os países nos eixos econômicos, sociais, políticos culturais e, por fim, na esfera ambiental.


Desse modo, o grande desafio da sustentabilidade junto ao desenvolvimento econômico das nações torna-se uma realidade, na medida em que incorporar este modelo de desenvolvimento envolve a mudança na produção, no consumo, nos lucros e na cautela, no que concerne à extração de recursos naturais. De acordo com Cavalcanti (1997), a questão ambiental, que deve ser vista em relação às iniciativas de desenvolvimento, não se reduz simplesmente a explorar recursos não renováveis de maneira parcimoniosa. Ele afirma que deveria acontecer uma visão distinta do processo econômico, levando em conta a dimensão biofísica, as leis e princípios da natureza.


O atual modelo de desenvolvimento econômico não considera a base ecológica no sistema econômico, existindo dentro desse arcabouço teórico a crença no crescimento ilimitado. Já a idéia de sustentabilidade implica, por sua vez, uma limitação definida nas possibilidades de crescimento. Assim, a ideia do desenvolvimento sustentável deve ser encarada de forma inteligente, isto é, com possibilidade de melhoria nas condições de vida das pessoas pobres assim como na produção e no consumo sustentável, sem, contudo, perturbar o funcionamento natural dos ecossistemas.


Neste ínterim, uma nova racionalidade introduz a possibilidade de equilíbrio social e ecológico, combinando a qualidade de vida com a gestão ambiental no âmbito da garantia dos recursos naturais para as futuras gerações. Assim, os estilos de vida e, particularmente, o consumo, devem ser mudados, visto que o avanço da tecnologia tem-se baseado apenas no crescimento econômico e que, consequentemente, tem intensificado as disparidades entre as nações ricas e pobres.


Esta é a crise do nosso tempo: a crise ambiental, a crise sócio-econômica, o aumento dos excluídos e da pobreza de um modo geral. No entanto, é necessário aprender a complexidade ambiental para se orientar em busca de novos horizontes, em busca de um novo modo de ver e de desenvolver as nações do mundo.


A área de Planejamento e Gestão Ambiental é um compromisso enquanto pesquisadora

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