O empoderamento e a governança feminina no presente século
Os avanços científicos e tecnológicos, somente, não foram capazes de consolidar a mudança e as melhorias na sociedade. Foi necessário garantir a igualdade de gêneros para reconhecer a importância da mulher em todas as esferas da vida hodierna.
O empoderamento da mulher é oriundo de princípios garantidos nos Direitos Humanos em 1948 e de políticas internacionais que fazem parte, inclusive, dos objetivos do milênio, como pré-requisito para o sucesso e o desenvolvimento, capazes de influenciar decisões que vão além da igualdade de gênero, mas sobrepujadas pela competência gestora, empreendedora, criativa, transformadora e de liderança que as mulheres possuem.
As aspirações superam a marginalização da discriminação, da exclusão, da minimização dos papéis e da contravenção de que ser mulher é ser inferior, frágil e limitada para atuar nas diferentes frentes e esferas da sociedade. Em contrapartida, a liderança promovida pela igualdade de gêneros assegura e engaja o progresso para o estabelecimento de metas e objetivos, identificando os fatores que impactam a vida de mulheres e de homens, rompendo com a cultura corporativista, tendo como foco a inclusão social em todos os aspectos.
Tal perspectiva tem delineado e designado mulheres para posições no campo gerencial, atuando na governança das nas decisões. O que tem mostrado o excelente desempenho e o diferencial nos resultados, inovando principalmente com o ingresso das mulheres em ações pouco tradicionais no mercado de trabalho, flexibilizando e assegurando um retorno de resultados e de remuneração.
Nesse sentido, há um apelo para o encorajamento das mulheres para se qualificar, para buscar espaços de conquistas e reconhecer que as mesmas possuem uma função importante no aspecto de liderança frente à sociedade, pelo seu desempenho e resiliência, enquanto provedora não só da família, mas das constantes mudanças sociais e econômicas.
Assim, podemos colocar que o empoderamento da mulher envolve uma transformação em si mesma, no momento em que inicia e se apropria do exercício do poder, quando decide e quando ajuda a promover a transformação social. Ou seja, o reflexo das alterações dos processos e das estruturas, a partir de uma construção na autoconfiança, na autoimagem e no desenvolvimento e na habilidade de pensar criticamente formas propositivas e integradoras que visem a libertação de qualquer tipo de prisão (física, social, psicológica) e de impedimentos.
Por isso, a inserção das mulheres nas mais diversas Instituições e na perspectiva da execução de seus exercícios denominou-se mais do que gerenciar, mas tornaram-se processos de governanças, quer públicas ou não. O importante são as relações de poder e de empoderamento estabelecidas a partir de concepções democráticas, com ferramentas de decisões coletivas, descentralizadas e orientadas em fazer sempre o melhor. Pois o “ser mulher” é tão essencial e relevante como o “ser homem” e suas capacidades que, historicamente, foram construídas. Não há diferenças, o que se precisa é reconhecer o potencial interlocutor, gestor, empreendedor e possuidor que cada mulher possui, para, em tudo o que faz, ser um referencial de excelência.
"As aspirações superam a discriminação, a exclusão, a minimização dos papéis"