Cultura e identidade: espaços e pessoas
Os lugares podem representar um conjunto de ações, atitudes, valores e um espaço de centralidade, sobretudo definida pela questão funcional do mesmo, ou seja, a monumentalidade, as construções e as inovações podem desencadear um processo de significações para um lugar, porém, a mesma concretiza-se pelas circunstâncias materializadas de acordo com as vivências e as dinâmicas produzidas durante as relações sociais construídas e identificadas no decorrer do processo.
Partindo dessa consideração é provável que inúmeras das experiências de renovação e ou revitalização do espaço urbano tenham promovido a valorização do local. Mas é oportuno também refletir que não só o processo de valorização e especulação imobiliária pode vir à tona, mas o fluxo de pessoas num determinado local pode ter aumentado; que nesse processo alguns valores vão sendo criados e até transformados na cultural do lugar inseridos pelas formas de uso e de ocupação.
Um outro argumento é pertinente à cultura. É possível explicá-la como eixo crucial nesse processo de transformação porque é a partir da mesma, que as localidades vão sendo identificadas e também localizadas, possibilitando perceber e entender: os usos, os costumes, os símbolos e os valores presentes de maneira diferenciada em cada sociedade, em cada local.
Mas, o interessante é que os usos desses espaços transformados passam a ser alvo de uma reabilitação de suas funções e que, por sua vez, determinam a centralidade do processo de ocupação. Ou seja, há uma inserção de peculiaridades que passam a modelar este espaço modificado e metamorfoseado a partir dos novos usos e da retirada dos que já existiam ou mesmo tentaram ficar incluídos, porém as demandas propostas nessas interações acabam segregando e redefinindo o lugar a partir do seu uso e da sua função.
Apesar da perspectiva de sociabilidade nos espaços não aparecer como uma discussão tão recente, a contribuição está no entendimento da dicotomia presente no contexto que exprime a revitalização. Pois, as convergências simbólicas afirmam os contra-usos e disseminam o uso do lugar em função necessariamente de suas interações e convívios; reafirmados no cotidiano das práticas sociais introduzidas e potencializadas pelos lugares enobrecidos e embelezados.
No entanto, é necessário compreender as formas estruturantes e estruturadas nessa visão transformadora do espaço em si. Haja vista, as sociabilidades existentes e as posteriormente criadas, revelam o grau de representação para o lugar e sua importância, aqui entendida, tanto em nível local, regional, nacional e nos padrões internacionais. Visto que, a sua consistência e afirmação dependem diretamente do raio de influência e de sua significação para qualificar o mesmo.
Tal realidade, permite perceber o nível de identificação de um lugar e sua relação direta com as atividades econômicas realizadas. Pois, as intervenções urbanísticas dependem dessa perspectiva e no caso de Passo Fundo, sua direção para o crescimento foi provocada unicamente pela agricultura. Nesse sentido, a identidade desse lugar ainda permanece com mais profundidade, visto que as atividades não se confundem e se completam pela agregação de agentes e valores intermediantes desse processo de crescimento.
Nesse caso, a referência em relação a um dado lugar, se liga aos acontecimentos e modificações espaciais produzidas pelo mesmo solidificando ações, e afirmando a centralidade dos espaços e sua respectiva reprodução, mostrando a importância nesse sentido da cultura e da história para a identificação e identidade do mesmo para as pessoas de um modo geral.
As metamorfoses no espaço construído nas áreas centrais das cidades médias trazem consigo, inúmeros problemas com interfaces entre o crescimento/desenvolvimento e o perfil ideológico.
Com essa premissa, parte-se da máxima de que a valorização/enobrecimento dos espaços urbanos possa ou não ser reflexo da construção de um espaço público, visto que, a constituição dialógica como local de interação política exterioriza os conflitos e as discordâncias de um modo geral, vai segregando os espaços.
Desse modo, o espaço vai sendo constituído e formatado, a partir de um conjunto de diferenças e contradições, que vão sendo moldadas pelo desafio do novo em função do atendimento das necessidades do capital. Tendo em vista, as incertezas, as demandas emergentes, os processos de dominação do espaço e a cultura presente no mesmo.
Assim, as transformações aqui elucidadas, recebem o nome de gentrificação do espaço. E por meio da ocupação e do uso permite avaliar o perfil de uma cidade diante de suas transformações , assim como sua projeção em relação as políticas de revitalização dos espaços públicos, que moldam a realidade do lugar em função do incentivo dos agentes promotores da renovação espacial.
Por isso, os processos gentrificadores representam a metamorfose no espaço urbano quando tem como resultado a criação de uma identidade moldada pelos: ditames da cultura, agentes transformadores, ideologias e símbolos e pelas interfaces do capitalismo, as quais podem ser mediadas pela revitalização, a renovação, a requalificação e a reapropriação nos espaços urbanos que são modalidades de estratégias propostas para a restauração dos espaços públicos, das quais defendemos que fazem parte de um circuito de gentrificação funcional globalizada, essencialmente pela centralidade criada por meio da identidade cultural.
Os lugares podem representar um conjunto de ações, atitudes, valores e um espaço de centralidade, sobretudo definida pela questão funcional do mesmo, ou seja, a monumentalidade, as construções e as inovações podem desencadear um processo de significações para um lugar, porém, a mesma concretiza-se pelas circunstâncias materializadas de acordo com as vivências e as dinâmicas produzidas durante as relações sociais construídas e identificadas no decorrer do processo.
Partindo dessa consideração é provável que inúmeras das experiências de renovação e ou revitalização do espaço urbano tenham promovido a valorização do local. Mas é oportuno também refletir que não só o processo de valorização e especulação imobiliária pode vir à tona, mas o fluxo de pessoas num determinado local pode ter aumentado; que nesse processo alguns valores vão sendo criados e até transformados na cultural do lugar inseridos pelas formas de uso e de ocupação.
Um outro argumento é pertinente à cultura. É possível explicá-la como eixo crucial nesse processo de transformação porque é a partir da mesma, que as localidades vão sendo identificadas e também localizadas, possibilitando perceber e entender: os usos, os costumes, os símbolos e os valores presentes de maneira diferenciada em cada sociedade, em cada local.
Mas, o interessante é que os usos desses espaços transformados passam a ser alvo de uma reabilitação de suas funções e que, por sua vez, determinam a centralidade do processo de ocupação. Ou seja, há uma inserção de peculiaridades que passam a modelar este espaço modificado e metamorfoseado a partir dos novos usos e da retirada dos que já existiam ou mesmo tentaram ficar incluídos, porém as demandas propostas nessas interações acabam segregando e redefinindo o lugar a partir do seu uso e da sua função.
Apesar da perspectiva de sociabilidade nos espaços não aparecer como uma discussão tão recente, a contribuição está no entendimento da dicotomia presente no contexto que exprime a revitalização. Pois, as convergências simbólicas afirmam os contra-usos e disseminam o uso do lugar em função necessariamente de suas interações e convívios; reafirmados no cotidiano das práticas sociais introduzidas e potencializadas pelos lugares enobrecidos e embelezados.
No entanto, é necessário compreender as formas estruturantes e estruturadas nessa visão transformadora do espaço em si. Haja vista, as sociabilidades existentes e as posteriormente criadas, revelam o grau de representação para o lugar e sua importância, aqui entendida, tanto em nível local, regional, nacional e nos padrões internacionais. Visto que, a sua consistência e afirmação dependem diretamente do raio de influência e de sua significação para qualificar o mesmo.
Tal realidade, permite perceber o nível de identificação de um lugar e sua relação direta com as atividades econômicas realizadas. Pois, as intervenções urbanísticas dependem dessa perspectiva e no caso de Passo Fundo, sua direção para o crescimento foi provocada unicamente pela agricultura. Nesse sentido, a identidade desse lugar ainda permanece com mais profundidade, visto que as atividades não se confundem e se completam pela agregação de agentes e valores intermediantes desse processo de crescimento.
Nesse caso, a referência em relação a um dado lugar, se liga aos acontecimentos e modificações espaciais produzidas pelo mesmo solidificando ações, e afirmando a centralidade dos espaços e sua respectiva reprodução, mostrando a importância nesse sentido da cultura e da história para a identificação e identidade do mesmo para as pessoas de um modo geral.
As metamorfoses no espaço construído nas áreas centrais das cidades médias trazem consigo, inúmeros problemas com interfaces entre o crescimento/desenvolvimento e o perfil ideológico.
Com essa premissa, parte-se da máxima de que a valorização/enobrecimento dos espaços urbanos possa ou não ser reflexo da construção de um espaço público, visto que, a constituição dialógica como local de interação política exterioriza os conflitos e as discordâncias de um modo geral, vai segregando os espaços.
Desse modo, o espaço vai sendo constituído e formatado, a partir de um conjunto de diferenças e contradições, que vão sendo moldadas pelo desafio do novo em função do atendimento das necessidades do capital. Tendo em vista, as incertezas, as demandas emergentes, os processos de dominação do espaço e a cultura presente no mesmo.
Assim, as transformações aqui elucidadas, recebem o nome de gentrificação do espaço. E por meio da ocupação e do uso permite avaliar o perfil de uma cidade diante de suas transformações , assim como sua projeção em relação as políticas de revitalização dos espaços públicos, que moldam a realidade do lugar em função do incentivo dos agentes promotores da renovação espacial.
Por isso, os processos gentrificadores representam a metamorfose no espaço urbano quando tem como resultado a criação de uma identidade moldada pelos: ditames da cultura, agentes transformadores, ideologias e símbolos e pelas interfaces do capitalismo, as quais podem ser mediadas pela revitalização, a renovação, a requalificação e a reapropriação nos espaços urbanos que são modalidades de estratégias propostas para a restauração dos espaços públicos, das quais defendemos que fazem parte de um circuito de gentrificação funcional globalizada, essencialmente pela centralidade criada por meio da identidade cultural.