A voz que quebrou o silêncio: Malala Yousafzai
Ela tinha tudo para não chegar a lugar nenhum e ser mais uma jovem reprimida e depois uma mulher das atividades do lar, como todas as crianças da sua comunidade. Até o seu nascimento, foi marcado pela visão opressora e ser mulher realmente para a sua cultura não era a melhor coisa. E mais, ainda ter um nome, que carregava consigo a marca da tristeza. Tudo foi contrariado e o que era considerado impossível, um dia aconteceu.
Malala, é uma paquistanesa que teve a sua história e o seu destino guiado pela força da sua palavra. “Quando o mundo inteiro está em silêncio, até mesmo uma só voz se torna poderosa”, essa força ecoava de dentro dela. E mais , era o combustível, para seguir e conquistar seus ideais e o acesso ao conhecimento, capaz de dar a liberdade e a possibilidade de libertar não apenas a si mesma, mas, sobretudo as demais pessoas oprimidas e cerceadas de direitos.
“Falo não por mim, mas por aqueles sem voz... aqueles que lutaram por seus direitos... seu direito de viver em paz, seu direito de ser tratado com dignidade, seu direito à igualdade de oportunidade, o seu direito de ser educado”. Ousadia, força de vontade, perseverança e acreditar no que faz e no efeito das nossas atitudes frente às pessoas e sobretudo a responsabilidade no tempo investido e a missão na vida que cada um tem, passaram a ser a marca e o de sentimento de Malala.. Oriunda de um lugar com pouca educação e sem perspectivas, em que as mulheres eram segregadas e sem voz, a sua luta foi empreendida com uma visão de futuro de vida para si e para os outros.
De acordo com a mesma, “só percebemos a importância da nossa voz quando somos silenciados”. Ela sabia muito bem, o que era ser silenciada e o significado de ter não apenas o direito de estudar negado, acima tudo era uma vontade, um sonho . Não era fácil, no cenário que a mesma vivia, ir todos os dias para a escola e acreditar nos livros, nas leituras e na transformação pela educação e na sua escrita inicialmente, fato que marcou a sua marcha pela liberdade de ser , de pensar e de agir.
Até passar pelo momento de viver um atentado e ver a morte de perto, e nesse processo, ter a sua oportunidade, essa trajetória toda foi delineada pela resistência e constantes enfrentamentos. Tenho percebido, que temos o dia da nossa oportunidade. Parecia impossível viver e continuar na empreitada pela garantia de direitos e de poder falar, atuar e viver a expectativa de fazer a diferença. Sua oportunidade chegou, para o renascimento na forma de viver, e adicionado sobretudo ao reconhecimento. Pois, aos 17 anos receber o prêmio Nobel da Paz, foi o ápice da sua missão.
Um momento ímpar, e inimaginável em determinado momento da sua vida. Já que, uma menina sem voz, teve a sua voz atentamente assistida numa sessão solene da ONU. Parece um sonho impossível de ser realizado. Malala é uma inspiração de vida e uma guerreira que encontrou nas suas armas, assim bem definidas para mudar o mundo, a instrumentalidade real para metamorfose que a humanidade precisa e conclui: “um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo.