top of page

No cárcere da palavra ,o aprisionamento é na escuta.

Coração dilacerado e o nó que a garganta dar, nem mesmo um copo cheio de água faz efeitos nessas horas. Escutar determinadas coisas , nos deixam com um sentimento de aprisionamento na alma. São lágrimas que jorram direto do espirito, e nem mesmo falar pode exprimir determinadas emoções no momento da flecha aguda da palavra.


Retroceder não adianta , a palavra já foi dita e não se tem como esquecer. Seriam as agruras da alma, as responsáveis pelo desânimo e pela sinergia nostálgica e angustiante de alguns momentos na vida. Parece que felicitar é muito mais difícil do que cuidar, amar, alegrar , desejar coisas excelentes, e quando o assunto é falar seria mesmo agraciar o ideal.


Bom mesmo, é transbordar de boas palavras, sem nunca naufragar no mar das lamúrias, dos desalentos e lamentos, e até mesmo dos atentos cobradores de favores e de ações realizadas. E ai nessas horas, o aporte e suporte para desembarque das mágoas, precisa ser a primeira estação da alma. O ponto de referência é o coração, lá no seu mais recôndito esconderijo, você senta, abaixa a cabeça e fica ouvindo o silêncio que vai ecoar, para se livrar das vivas palavras ditas que nos fazem sofrer.


Há quem diga que as palavras tem poder, e eu digo uma palavra é realmente muito poderosa. Todas integradas, articuladas e unidas vão ser capazes de construir e destruir, de fazer viver e até morrer. O certo é, que cada palavra precisa ser dita na hora , no lugar, e para a pessoa certa. Não que seja vã filosofia, mas é bem notória a força propulsora e domadora de apenas uma palavra.


É o sentir – se solitário no meio de muita gente, é ver o mundo e a sua luz e não ter força para estar de pé e seguir, são efeitos de palavras avassaladoras , destruidoras e sem sentido algum. Tenho percebido que é mais fácil ferir do que curar, e odiar do que amar, por isso as palavras aprisionam tanto as pessoas.


Mas, um dia quem sabe, o coração se abre e a mente reflete de dentro para fora , toda palavra que ficou no cárcere do guardião das emoções. Deveras, houvesse uma fórmula para descobrir o enigma da tristeza das palavras. Quiçá, conseguiríamos o mote da felicidade sem dever a opressão do oprimido e aí as emoções se refugiariam na nau que conduz ao mar da alegria, das realizações, e acima de tudo, nunca iriamos ser o que somos porque o “eu” , fez alguma coisa.


Mas , abriríamos os olhos cegos do eufemismo egoísta, para alargar a vista perceber e entender: que na nau chamada vida, a mesma palavra que pode te aprisionar, ela também vai te libertar.


DESTAQUE
POSTS RECENTES
SIGA
  • Facebook Long Shadow
  • Twitter Long Shadow
BUSCA POR TAGS
Nenhum tag.
bottom of page