No anonimato das palavras!
Nem tudo em solo europeu é glamoroso, e essas linhas trazem algumas reflexões.
Aqui , na ímpar oportunidade, de mais uma vez atravessar o oceano, percorrer céus e mares , certo dia estou lenitiva acerca de algumas situações.
Inicialmente, ao chegar numa parada de ônibus, com muita facilidade identificamos os mais simples: geralmente estão com seus casacos plasticáveis, seu cheiro nem sempre é bom e a maior idade por aqui trabalha. Geralmente, está sozinha e possui sua rotina de vida bem definida , que é possível perceber quando consecutivamente pegamos o mesmo transporte público, que por sinal é muito bom.
Em locais, mais turísticos, é comum visualizar pedintes, não tantos como no nosso Brasil. Mas, geralmente eles se encontram em locais estratégicos e apenas com o olhar pedem.
Certo dia, observei a seguinte a situação: meu filho se aproxima para ajudar e eu meditando sobre aquela atitude , preparo minha câmera para um registro. Mas, me deparo com um sorriso tão sincero, que as forças do anomimato das palavras movem as circunstâncias e nada foi mecanicamente registrado. Todavia, gravei os instantes gratos daquele jovem no fim de tarde gélido, parco e singelo. Pensei: foi o suficiente para a sua felicidade e quantas e tantas pessoas possuem, e se quer um sorriso se alcança, pelo ensejo nebuloso de se querer bem mais...
Doutra feita, estava numa simples e aparente pizzaria. As pessoas entravam e pelo singelo aparente valor compravam o seu pedaço de pizza e saiam. Contudo, uma Senhora me chama à atenção, parecia ser sua neta, a criança que ela estava guiando.
Vejam só: as duas compraram seus modestos pedaços de pizzas, sob o ar de felicidade se confraternizaram sorriam o tempo todo uma para outra. Eu estava sentada com meu filho, e acomodei meu casaco e bolsa noutra cadeira. Todavia, algo me chama à atenção, as duas estão de pé e ao oferecer uma das cadeiras, a Senhora tão contente , sem nada a falar me dar um sorriso e agradece e de imediato coloca aquela criança sentada. Pareceu ser o passeio especial após longos dias!
Vi alguém , em outro momento contar as suas moedas e me fez lembrar da humildade em tudo e em todos os lugares.
Senti , que embora estivesse em meio a um lugar seguro, tranquilo e agradável, existiam anônimos em busca da felicidade. Anônimos em busca de um sorriso e mais, vi pessoas sendo felizes com coisas tão simples e a alegria parece mesmo uma lenda.
A felicidade depende mesmo, de como vivemos a vida. Não importa o lugar! Importa mesmo você se contentar e ser o eu que você é. Pois, o anonimato é a singeleza dos nobres e as atitudes a nobreza dos grandes.
É bem melhor doar do que receber e ter a capacidade de ver do que ser visto. A vida é bem simples, é só saber viver!